quinta-feira, 5 de dezembro de 2019

NOVA POLÍTICA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL... SERÁ QUE SAI DESTA VEZ???


FALA DE ANTONIO GÚTERRES, SECRETÁRIO GERAL DA ONU



Minha última postagem foi em 09/08/2019, portanto há pouco menos de quatro meses. Depois de muitas idas e vindas e falta de informação clara e aberta à sociedade brasileira, parece que a Nova (Velha) Política de Educação Especial vai sair, ser publicada oficialmente, mas como sabemos uma política constitui um documento orientador aos estados e municípios, por isso pode ou não ser seguida. Por exemplo, inúmeros municípios brasileiros nunca cumpriram a Política de EE de 2008, isto é, nunca implantaram salas de recursos multifuncionais. Ou seja, o que nos resta agora é PRESSIONAR OS MUNICÍPIOS PARA NÃO RETROCEDEREM E NÃO IMPLANTAREM SALAS ESPECIAIS OU ABRIREM NOVAS ESCOLAS ESPECIAIS. porque o MELHOR E MAIS EFETIVO PARA O DESENVOLVIMENTO INTEGRAL DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA e qualquer um de nós É A CONVIVÊNCIA REGULAR! VIVER E APRENDER JUNT@S PARA NOS DESENVOLVERMOS JUNT@S.

Acabei de encontrar uma apresentação de Power Point da Diretora de Acessibilidade, Mobilidade, Inclusão e Apoio a Pessoas com Deficiência do Ministério da Educação (MEC), Nídia Regina Limeira de Sá que foi apresentado agorinha mesmo (pelo que entendi) na Câmara dos Deputados/as. Vã ao Google, Escreva Política Nacional de Educação Especial, Nídia. Você encontrará entre a listagem o que se segue:
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11 min atrás - Diretora: Nidia Limeira de Sá ... O Plano Nacional de Educação (PNE) determina metas 2014 a ... Política Nacional de Educação Especial:.
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Clique no link a abaixe o PPT.


Agora passo à notícia publicada na Agência Brasil.

Governo deve (???) publicar nova Política de Educação Especial
Assunto divide especialistas

OBS. TEXTO EM AZUL SÃO MEUS COMENTÁRIOS
Publicado em 01/12/2019 - 18:30
Por Letycia Bond - Repórter da Agência Brasil  São Paulo

O governo se prepara para publicar um decreto alterando a Política Nacional de Educação Especial. 

A informação foi dada pela diretora de Acessibilidade, Mobilidade, Inclusão e Apoio a Pessoas com Deficiência do Ministério da Educação (MEC), Nídia Regina Limeira de Sá (vide abaixo dados sobre seu Currículo LATTES retirado do Escavador), durante sua participação no debate organizado pela Comissão de Educação da Câmara dos Deputados nessa semana. 

A primeira versão do texto foi elaborada em 1994. Seus termos, porém, passaram por revisão, ao longo dos anos. A edição de 2008 (Política Nacional da Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva) pretendia torná-lo um instrumento de coibição de práticas discriminatórias contra pessoas com condições como deficiências intelectual, mental e física e Transtorno do Espectro do Autismo (TEA). A perspectiva, então, era de que todos os estudantes deveriam estar "juntos, aprendendo e participando". O texto determina que a escola não deve reproduzir "padrões homogeneizantes". 

Promessa de ampliação

Em entrevista concedida à Agência Brasil, Nídia Limeira de Sá disse que o texto que será divulgado foi construído em conjunto com "entidades representativas e pessoas que representam o público da educação especial, por meio de muitas reuniões, audiências públicas e consultas públicas". 

De acordo com a diretora, a elaboração foi feita ao longo de dois anos.

Nídia classificou a política como sendo "a da flexibilidade para os sistemas educacionais". "Ou seja, não entendemos que a educação para pessoas com deficiência ou TEA deva passar única e exclusivamente pelas escolas inclusivas comuns. Essa política oferece a flexibilidade no sentido de os sistemas se organizar para poderem oferecer também, como alternativas, escolas especiais, classes especiais, escolas bilíngues [com aulas em língua portuguesa e Língua Brasileira de Sinais (Libras)], classes bilíngues", afirmou.

"Você pode conseguir melhores resultados para o público da educação especial em classes especiais ou escolas especiais. O foco dessa política estará na singularidade das pessoas, e não no grupo como um todo", completou. (Em outras palavras, o foco será NOVAMENTE colocado na deficiência, na ´incapacidade´e não na diversidade humana e nas oportunidades de desenvolvimento. E onde está escrito que pessoas com deficiência se beneficiam mais matriculados em escolas especiais? Que literatura/ Do século XIX até meados do século XX?)

A representante do MEC informou também que a política que entrará em vigor criará dois centros específicos: um para estudantes com deficiência físico-motora e outro para quem tem deficiência intelectual, motora e TEA. Perguntada sobre os planos de implementação, Nídia se limitou a dizer que o governo pretende priorizar capitais dos estados. (Ou seja, em um país onde as capitais já  possuem mais recursos porque tendem a ser mais desenvolvidas serão criados mais dois centros? E para que um Centro para pessoas com deficiência físico-motora? Qual será sua função? Oferecer e adaptar órteses e próteses para pessoas com deficiência física e oferecer fisioterapia, fono, TO e outras terapias para pessoas com deficiência motora? Mas isso não é função da saúde???)

Como uma das principais críticas às turmas e às escolas especiais é o fato de que poderiam contribuir para a segregação (NÂO... de que CONTRIBUEM! provocam a segregação social e impedem de acesso de tudo o que que vem com a convivência nos ambientes comuns da vida!), a reportagem perguntou a opinião da diretora do MEC sobre a questão. "As turmas separadas podem acontecer. Não são ilegais, nunca foram", respondeu. (De fato não é ilegal e elas  (escolas especiais e classes especiais) existem aqui e ali nos muncipíos e redes de ensino brasileiras, todavia, os estudos mostram que esta forma de organização da educação para a população de crianças, jovens e adultos com deficiência NÃO funciona, não é a melhor e nem a mais efetiva para o desenvolvimento integral das pessoas com deficiência) 

"A gente não quer que essa política signifique retrocesso em nenhuma das conquistas da inclusão escolar", afirmou. "Temos satisfação de dizer que a nossa política é plenamente adequada aos marcos legais da educação inclusiva." (O governo federal pode não querer retrocesso, mas será se a política assume explicitamente esta possibilidade, não houver recursos para promover os necessários apoios e incentivos á formação docente (de sala de aula regular e sala de recursos. Não tem como não prever a retirada dos governos estaduais e municipais do caminho da inclusão educacional que estava em curso no país, mesmo que ainda capenga, mas até isso é parte do processo de mudança de cultura.)


Ensino comum

(Uma grande e relevante) Parte dos especialistas em educação defende a matrícula de todos os alunos em instituições de ensino comum é o caminho ideal. "A gente percebe (Uma Dra em Educação não pode perceber nada, ela deve ter fundamentos robustos oriundos de evidencias científicas para afirmar o que quer que seja) o quanto essa possibilidade de estarem frequentando espaços comuns como qualquer outra pessoa (Não é uma possibilidade é um direito!) é benéfico para o desenvolvimento deles, e isso a gente não pode perder de jeito nenhum" (´[E fundamental, não é somente benéfico... Esse é um argumento assistencialista!), disse Roseli Olher, supervisora de Atendimento Educacional Especializado do Instituto Jô Clemente, como é chamada agora a Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de São Paulo.

Ela explicou que o trabalho gratuito realizado pela Apae, em parceria com a prefeitura de São Paulo, tem o objetivo promover a inclusão dos alunos com deficiência em turmas de ensino comum. Disponível para estudantes com idade entre 4 anos e 17 anos e 11 meses completos, o atendimento é feito por pedagogos especializados ou em educação inclusiva, ou em educação para pessoas com deficiência intelectual. Ao todo, atualmente, aproximadamente há adesão de 300 alunos.

A equipe faz visitas periódicas - duas vezes por semana - às escolas para verificar se os alunos estão realmente assimilando o conteúdo transmitido e se têm problemas com concentração ou relações interpessoais com seus colegas e professores. Cada encontro tem duração de uma hora e meia e é sempre marcado em um horário do contraturno escolar, para que a presença do aluno esteja garantida.

Segundo a pedagoga, o texto da política nacional que está sendo preparado não passou por consulta ampla a movimentos ligados à causa. 

"De que forma será feita a avaliação para definir o destino dessa pessoa [com deficiência ou TEA], se deve estar no espaço comum?", questionou.

"[A matrícula no ensino comum] é benéfica tanto para a pessoa com deficiência quanto para a pessoa sem deficiência. É esse convite ao respeito à diversidade, as diferenças", disse. 


Edição: Carolina Gonçalves
(Na minha opinião, este artigo de Carolina Gonçalves é fraco porque faz um pequeno recorte da situação complexa que envolve a PNEE nova e porque usa apenas a experiência (limitada) de uma única organização, que tem como história a educação segregada (APAE-SP) e desconsidera inúmeras  experiências de redes de ensino em parceria com os municípios que promovem de forma exitosa a inclusão escolar) 
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Nídia regina Limeira de Sá
Professora da Faculdade de Letras da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ). Atuou como docente nas Faculdades de Educação da Universidade Federal do Amazonas (UFAM), da Universidade Federal Fluminense (UFF), da Universidade Federal da Bahia, e da Universidade Federal de São Paulo (UNIFESP). Estágio Pós-Doutoral na Universidade Federal da Bahia. Doutora em Educação pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul; Mestre em Educação pela Universidade do Estado do Rio de Janeiro; Especialista em Metodologia do Ensino Superior pela Universidade Federal do Amazonas; Bacharel em Psicologia; Licenciada em Psicologia. Atuou como Chefe do Departamento de Letras-Libras da UFRJ; foi Vice-Coordenadora do Programa de Pós-Graduação em Educação da Faculdade de Educação da UFAM e Vice-Diretora da Faculdade de Educação da UFAM; foi presidente da Comissão de Criação e Implantação do Curso de Letras-Libras da UFAM, coordenou a Comissão de Inclusão e Acessibilidade da UFAM; dirigiu o Departamento de Políticas e Programas Educacionais da SEDUC-AM, dirigiu a Coordenação de Desenvolvimento Humano da Pró-Reitoria de Desenvolvimento de Pessoas da UFBA; foi Avaliadora Institucional do INEP/MEC. Atuou como uma das representantes da FENEIS (Federação Nacional de Educação e Integração de Surdos) no GT de Elaboração de Subsídios para a Política Nacional de Educação Bilíngue de Surdos (SECADI/MEC). Atual Secretária Adjunta da Secretaria Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência, do Ministério da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos.

RESULTADO DA APURAÇÃO

Candidata ao cargo de Deputada Federal no Rio de Janeiro pelo REDE, Nidia de Sá obteve 1.902 votos totalizados (0,02% dos votos válidos) mas não foi eleita nas Eleições 2018.

SITUAÇÃO:NÃO FOI ELEITA
VOTOS:1.902 (0,02% dos válidos)
Fonte: https://www.escavador.com/sobre/450703/nidia-regina-limeira-de-sa -  Informações coletadas do Lattes em 21/10/2019
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Fonte: http://agenciabrasil.ebc.com.br/educacao/noticia/2019-12/governo-deve-publicar-nova-politica-de-educacao-especial