segunda-feira, 12 de novembro de 2018

MENSAGEM DA IZABEL MAIOR SOBRE CONCEITOS



Para apresentar a posição teórica de Izabel Maior e seu criticismo e perplexidade quanto à compreensão absurda de uma grupo que se intitula representante das pessoas com deficiência, é necessário conhecer quem é está líder e militante de peso no movimento pelos direitos da pessoa com deficiência no Brasil e no mundo. 



Izabel Maria (Madeira de) Loureiro Maior (Rio de Janeiro16 de maio de 1954) é professora de medicina na UFRJ, foi a primeira pessoa com deficiência a comandar a Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência e é liderança há mais de trinta anos do Movimento das Pessoas com Deficiência[1]. Recebeu da Organização dos Estados Americanos (OEA) prêmio pela sua “contribuição ao desenvolvimento de um continente mais inclusivo”, em 2010.[2] Lançou o livro e filme-documentário História do Movimento Político das Pessoas com Deficiência no Brasil[3], em parceria com a Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI).[4]

Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Izabel_Maria_Loureiro_Maior 

"Estou furiosa mesmo. Desde o dia 7/11 venho ruminando um absoluto desconforto e não é possível deixar passar. Está gravado na TV Câmara e pode ser visto e ouvido por quem quiser atestar a veracidade. Vamos para as frases entreouvidas na audiência pública sobre a PNEE, na Câmara dos Deputados. 

Com a palavra o representante do Comitê: 

"Você trata um câncer perto de sua casa ou vai a um local especializado? Vai no especializado. A deficiência também tem que ser na escola especial." 

Minhas observações de quem assistiu as três boas mesas, com alguns altos e baixos, mas no geral de nível profissional. 

Esse argumento é a pior justificativa e comparação estapafúrdia que já ouvi e pasmem, vinda de pessoa com deficiência. A começar que voltou ao modelo biomédico da deficiência ou de lá nunca saiu, pois câncer é doença a ser tratada e deficiência não é, deficiência é circunstância social advinda das barreiras atitudinais como essa infeliz e descabida comparação. 

Em segundo lugar escola especial não trata, não faz inclusão e se tiver as características defendidas pelo representante do Comitê das Organizações não governamentais, por favor, mudem de liderança, mudem tudo, porque desse jeito vocês se aniquilam, perdem espaço, nos prejudicam e não me representam de forma alguma. 

Querem defender uma proposta (oposta á Convenção e LBI), ao menos apresentem argumentos e se qualifiquem para o debate. 

Estou perplexa e muito furiosa mesmo. 

Alguns companheiros e companheiras das federações que foram representadas pela "fala do câncer tratado na escola especial" que me ouçam e, por favor, mudem o seu pensar. Para aquelas pessoas e instituições do Comitê que não pensam como seu porta-voz, minha solidariedade na dor e na provável vergonha"

Não deixem de opinar a respeito na consulta pública da Política Nacional de Educação Especial, Equitativa, Inclusiva e ao Longo da Vida. Link : pnee.mec.gov.br 

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