Para
apresentar a posição teórica de Izabel Maior e seu criticismo e perplexidade
quanto à compreensão absurda de uma grupo que se intitula representante das
pessoas com deficiência, é necessário conhecer quem é está líder e militante de
peso no movimento pelos direitos da pessoa com deficiência no Brasil e no
mundo.
Izabel Maria
(Madeira de) Loureiro Maior (Rio de Janeiro, 16
de maio de 1954) é professora de medicina na UFRJ, foi a primeira pessoa
com deficiência a comandar a Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da
Pessoa com Deficiência e é liderança há mais de trinta anos do Movimento das
Pessoas com Deficiência[1].
Recebeu da Organização dos Estados Americanos (OEA)
prêmio pela sua “contribuição ao desenvolvimento de um continente mais
inclusivo”, em 2010.[2] Lançou
o livro e filme-documentário História do Movimento Político das Pessoas com
Deficiência no Brasil[3],
em parceria com a Organização dos Estados
Ibero-americanos (OEI).[4]
Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Izabel_Maria_Loureiro_Maior
"Estou
furiosa mesmo. Desde o dia 7/11 venho ruminando um absoluto desconforto e não é
possível deixar passar. Está gravado na TV Câmara e pode ser visto e ouvido por
quem quiser atestar a veracidade. Vamos para as frases entreouvidas na
audiência pública sobre a PNEE, na Câmara dos Deputados.
Com a
palavra o representante do Comitê:
"Você trata um câncer perto de sua casa ou vai a um
local especializado? Vai no especializado. A deficiência também tem que ser na
escola especial."
Minhas
observações de quem assistiu as três boas mesas, com alguns altos e baixos, mas
no geral de nível profissional.
Esse
argumento é a pior justificativa e comparação estapafúrdia que já ouvi e
pasmem, vinda de pessoa com deficiência. A começar que voltou ao modelo biomédico
da deficiência ou de lá nunca saiu, pois câncer é doença a ser tratada e
deficiência não é, deficiência é circunstância social advinda das barreiras
atitudinais como essa infeliz e descabida comparação.
Em segundo
lugar escola especial não trata, não faz inclusão e se tiver as características
defendidas pelo representante do Comitê das Organizações não governamentais,
por favor, mudem de liderança, mudem tudo, porque desse jeito vocês se
aniquilam, perdem espaço, nos prejudicam e não me representam de forma alguma.
Querem defender uma proposta (oposta á Convenção e LBI), ao menos apresentem
argumentos e se qualifiquem para o debate.
Estou
perplexa e muito furiosa mesmo.
Alguns
companheiros e companheiras das federações que foram representadas pela
"fala do câncer tratado na escola especial" que me ouçam e, por
favor, mudem o seu pensar. Para aquelas pessoas e instituições do Comitê que
não pensam como seu porta-voz, minha solidariedade na dor e na provável
vergonha"
Não deixem
de opinar a respeito na consulta pública da Política Nacional de Educação
Especial, Equitativa, Inclusiva e ao Longo da Vida. Link : pnee.mec.gov.br
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