terça-feira, 20 de novembro de 2018

Posicionamento d@s Acadêmic@s da área de Educação Especial deliberado e elaborado no 8o. Congresso Brasileiro de Educação EspecialEE

O 8o. Congresso Brasileiro de Educação Especial foi realizado, este ano, na Universidade Federal de São Carlos, que junto com a Universidade Federal de Santa Maria (RS), constituem no país os redutos de formação de professoras¹es, pesquisadoras/es e profissionais da área de Educação Especial no Brasil.

Durante este Congresso, que aglutina um expressivo número de participantes (em torn o de 1000 a 1500),  também é realizado o Encontro Nacional de Pesquisadoras/es da Educação Especial que  realizou durante o congresso seu 11o. encontro.

Este ano, a reunião da Associação Nacional de Pesquisadoras/es da Educação Especial junto outras entidades representativas da categoria, assumiram finalmente um posicionamento público contra a Atualização da Política de Educação Especial 2008.

Cabe aqui enfatizar que este posicionamento ocorreu na segunda semana em que o documento Minuta da Política Nacional de Educação Especial Equitativa, Inclusiva e ao Longo da Vida já estava aberta para Consulta Pública e que foi entregue em mãos por uma docente/pesquisadora na Audiência Pública aberta para discutir atualização da PNEE realizada em 19 de Novembro no Conselho Federal de Educação, Brasília.

Aqui reafirmo minha posição a favor da atualização da Política. Não estive presente no CBEE 2018 e nem na referida reunião.  Dessa forma este documento não representa minha posição como acadêmica, pesquisadora e militante que defende os direitos da Pessoas com Deficiência.

O texto na íntegra do documento é, a seguir, apresentado:
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Exmos. Srs. Conselheiros do Conselho Nacional de Educação,
No décimo sexto dia do mês de novembro de 2018, após amplo debate, pesquisadores, professores, pessoas com deficiência e estudantes reunidos no VIII Congresso Brasileiro de Educação Especial e no XI Encontro Nacional de Pesquisadores da Educação Especial (XI ENPEE), em Assembleia na Associação Brasileira de Pesquisadores em Educação Especial (ABPEE), com o apoio da Associação Nacional de Pós-graduação e Pesquisa em Educação (ANPED), da Associação Nacional pela Formação dos Profissionais da Educação (ANFOPE) e do Fórum Nacional de Coordenadores dos Núcleos de Acessibilidade das Instituições Públicas de Educação Superior, Profissional e Tecnológica (IPESPTec) decidiram posicionar-se  por meio deste documento sobre a Consulta Pública relativa à proposta de "atualização" da atual Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (PNEEPEI), que se encerra no dia 21/11/2018, a ser protocolado na Audiência pública do dia 19 de novembro por meio de representante indicada pelos presentes.
Dessa maneira, considerando que diferentes grupos da sociedade têm se manifestado acerca da forma e do conteúdo da Proposta, os presentes em assembleia nesta data, posicionaram-se contrários à atualização da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva neste momento histórico e ratificaram as manifestações disponibilizadas por pesquisadores da área de Educação Especial, expressas no texto abaixo:

1. A proposta não é fruto de participação democrática. Consulta pública não é debate e interlocução. Queremos diálogo verdadeiro com a população, profissionais e sociedade civil organizada. 

2. A proposta de atualização não se embasa no conceito de deficiência constituído na Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência, que hoje é parte de nossa Constituição Federal. 

3. O paradigma inclusivo, garantido na Constituição Federal, prevê ingresso e permanência com qualidade em classes comuns de escolas regulares. Liberdade de escolha não significa retornar às escolas especiais, mas garantir participação da população no processo educacional.

4. O Atendimento Educacional Especializado não é assistência tecnológica. Ele orienta a construção conjunta e colaborativa do plano de AEE, com base na leitura das barreiras existentes para a educação escolar. 

5. A Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência e a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência garantem acesso pleno ao currículo (Inciso III, Art. 28) e adaptações razoáveis (§3º., Art. 54), o que é incompatível com a diferenciação curricular.
Complementaram o texto apresentado, acrescentando:
✓ a ausência de diretrizes que garantam a Educação Especial na formação inicial do professor de classe comum;
✓ a proposição de escolas especiais e classes especiais como parte das diretrizes, aspecto  já superado na atual política.
 Sem participação, não há inclusão!!!!!  
Aguardamos a efetiva participação no processo decisório!!
CBEE. e ABPEE

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segunda-feira, 19 de novembro de 2018

Atualização da Política Nacional de Educação Especial: onde estamos e para onde vamos?

Desde abril deste ano o debate sobre a Atualização da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva - PNEE-PEI-2008) foi desencadeado no país.

Manifestações individuais e de grupos organizados, favoráveis e contrárias à atualização da PNEE-PEI 2008, passaram a ser compartilhadas nas redes sociais. Neste processo, houve circularidades de posições baseadas no Documento do LEPED Em defesa da Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva 2008 do LEPED. Embora superficial porque baseado apenas em um conjunto de slides usados pela SECADI na primeira reunião e com acentuado viés político-partidário, o documento não apresenta fundamentos relevantes para justificar o posicionamento contrário à atualização da Política. Inclusive a própria Minuta ora em consulta mostra como alguns dos argumentos tinham a intenção de provocar turbulência, no que - com certeza, foi bem sucedido! Por exemplo, ao afirmar que a retirada da ´perspectiva da educação inclusiva era a prova cabal de que este princípio iria ser eliminado da nova Política.

Este documento tornou-se extremamente importante porque foi o único publicado sobre a matéria. Consequentemente, e felizmente, provocou debates, reflexões, interesses e manifestações nas esferas acadêmica, educacional (ensino regular e educação especial), profissional de áreas afins (Conselhos de Psicologia, de Fonoaudiologia, etc.), etc. 

O que aconteceu até agora?

Ao longo de sete meses (abril a novembro 2018) houve quatro reuniões organizadas pela SECADI com diferentes representações. O Ministro da Educação Rossielli participou da reunião com representantes da UNDIME (munic[ipios) e CONSEDE (estados). 



Às 18h do dia 06/11/2018 foi tornada pública online a Minuta Oficial (disponível em: https://pnee.mec.gov.br/integra) da Política Nacional de Educação Especial, Equitativa, Inclusiva e Educação ao Longo da Vida  e com prazo para submissão das contribuições até




No dia 07/11/2018, a Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Câmara dos Deputados realizou o Seminário Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. No evento, que contou com a participação da Comissão de Educação da Câmara, houve debates sobre as perspectivas de especialistas, do governo e da sociedade civil. A deputada Mara Gabrilli (PSDB-SP), que propôs o debate, afirma que é preciso avaliar os dez anos de implementação da PNEE-PEI 2008. O debate, segundo ela, poderá subsidiar futuras medidas legislativas de atualização dessa política, assim como outras ações eventualmente necessárias. (Fonte: Agência Câmara Notícias) 

ASSISTA NA ÍNTEGRA O SEMINÁRIO DA CÂMARA


No dia 19/11/2018 ocorreu a Audiência Pública realizada no Conselho Nacional de Educação, durante a qual foi informado pelo Secretário da SECADI que o prazo para submissão das contribuições foi prorrogado para o dia 23/11/2018 como resultado de inúmeras solicitações.  

Após as reuniões organizadas pela SECADI que contou com um número reduzido de participantes convidados/as e as duas audiências públicas, abertas a quem quisesse participar (mas com acesso limitado pelo fato de serem realizadas em Brasilia), é indiscutível o significativo número de questões sérias a serem ainda amplamente debatidas com maior e mais efetiva participação social. Exatamente por isso é necessário mais tempo! 



O que está previsto após a consulta pública?

Esta previsto o encerramento desta etapa de Consulta Pública online  em 23/11/2018 às 18h. Esta etapa tem como finalidade

" a avaliação e coleta de sugestões sobre o texto atualizado da PNEE. Em seguida, as contribuições serão analisadas tanto por meio de análises quantitativas, como análises qualitativas, de forma colaborativa. O trabalho de análise e qualificação dessas contribuições ocorrerá, presencialmente, em Maceió (AL) e terá a participação de diversos professores, entidades e profissionais com experiência na área de Educação Especial e inclusão de todo o país. O trabalho dos avaliadores irá balizar um relatório destinado à SECADI. Com base nesse relatório as alterações no texto original serão atualizadas, no sentido de refletir as demandas levantadas na consulta pública." (Fonte: Email recebido do Coordenador do Trabalho em Maceió)

Entre os dias 27 e 29 de Novembro de 2018, uma equipe constituída por 20 acadêmic@s  com experiência em pesquisa, vinculad@s a várias Universidades Federais localizadas nas cinco regiões brasileiras, se reunirão com a Equipe do Professor Leonardo Brandão Marques do Núcleo de Excelência em Tecnologias Sociais - NEES do Centro de Educação da Universidade Federal de Alagoas a fim de organizar, categorizar e analisar dados colhidos por meio da Consulta Pública com vistas a elaborar relatório que subsidiará a próxima etapa deste processo. 

EQUIPE DE PESQUISADOR@S

Alessandra Miranda Mendes Soares - UFERSA
Adenize Queiroz de Farias - UFPB
Annie Gomes Redig - UERJ
Carlo Schmidt - UFSM
Cristina Angélica Aquino de Carvalho Mascaro - Faetec
Dulcéria Tartuci - UFG
Edicléa Mascarenhas Fernandes - UERJ
Elisangela Mercado - UFAL
Felipe Venancio Barbosa - USP
KatienePriscila Benitez - UFABC
Liliane Ferrari Giordani - UFRGS
Luiz Renato Martins da Rocha  - UTFPR
Maria Aparecida ramires Zulian - Centro de Pesquisas Renato Archer
Marcia Lise Lunardi-Lazzarin - UFSM
Marinalva Silva Oliveira - UFRJ
Neiza de Lourdes Frederico Fumes - UFAL
Rosana Mendes Éleres de Figueiredo - UFMA
Symone de Brito Pessoa da Silva - UFRN
Theresinha Guimarães Miranda - UFBA
Windyz Brazão Ferreira - UFPB

Após esta fase... aguardamos o que vem a seguir. Mas, na minha opinião, deveria haver uma nova rodada de debates e consulta, como foi realizado com a BNCC, de forma que com mais participação social mais qualidade na política.



terça-feira, 13 de novembro de 2018

CNE TEM AUDIÊNCIA PÚBLICA SOBRE A ATUALIZAÇÃO DA POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO ESPECIAL EM 19 DE NOVEMBRO DE 2018


O Ministro da Educação e o Presidente do Conselho Nacional de Educação realizam Audiência Pública no dia 19 de novembro de 2018, segunda-feira, das 9h às 13h, no Plenário Anísio Teixeira, Edifício Sede do CNE, em Brasília-DF.

A Audiência teve transmissão ao vivo por link na internet.
CLIQUE AQUI E ASSISTA AO EVENTO NA ÍNTEGRA

A Audiência Pública tem como objetivo esclarecer e debater a atualização da Política Nacional de Educação Especial proposta pelo MEC, com vistas à revisão das Diretrizes Nacionais para a Educação Especial pelo CNE.

A proposta de atualização da Política encontra-se em consulta pública no endereço eletrônico http://pnee.mec.gov.br

Agora conheça um pouco sobre a função do Conselho Nacional de Educação

Missão
O CNE tem por missão a busca democrática de alternativas e mecanismos institucionais que possibilitem, no âmbito de sua esfera de competência, assegurar a participação da sociedade no desenvolvimento, aprimoramento e consolidação da educação nacional de qualidade.
Atribuições
As atribuições do Conselho são normativas, deliberativas e de assessoramento ao Ministro de Estado da Educação, no desempenho das funções e atribuições do poder público federal em matéria de educação, cabendo-lhe formular e avaliar a política nacional de educação, zelar pela qualidade do ensino, velar pelo cumprimento da legislação educacional e assegurar a participação da sociedade no aprimoramento da educação brasileira.
Compete ao Conselho e às Câmaras exercerem as atribuições conferidas pela Lei 9.131/95, emitindo pareceres e decidindo privativa e autonomamente sobre os assuntos que lhe são pertinentes, cabendo, no caso de decisões das Câmaras, recurso ao Conselho Pleno.
Compromissos
1 - Consolidar a identidade do Conselho Nacional de Educação como Órgão de Estado, identidade esta afirmada e construída na prática cotidiana, nas ações, intervenções e interações com os demais sistemas de ensino.
2 - Participar do esforço nacional comprometido com a qualidade social da educação brasileira, cujo foco incide na escola da diversidade, na e para a diversidade, tendo o PNE e o PDE como instrumentos de conquista dessa prioridade.
3 - Articular e Integrar num diálogo permanente, as Câmaras de educação básica e de educação superior, correspondendo às exigências de um Sistema Nacional de Educação que, ultrapasse barreiras burocráticas, mediante prática orgânica e unitária. As câmaras devem intensificar o dialogo entre si. Não há subordinação entre elas, pois representam níveis de ensino de um único sistema nacional de educação. Estrategicamente, a articulação e integração CES e CEB possibilita aperfeiçoar as leituras das diferentes etapas do processo de escolarização, aproximando as câmaras, constituindo um todo orgânico, que se exerce no Conselho Pleno e, conseqüentemente, um verdadeiro Conselho Nacional de Educação.
4 - Consolidar a estrutura e diversificar o funcionamento do CNE. Não queremos que ele responda apenas às demandas, mas que se constitua em espaço de fortalecimento de suas relações com os demais sistemas de ensino e com os segmentos sociais, espaço de estudos para as comissões bicamerais, audiências públicas, fóruns de debates, sempre cuidando da dotação de infra-estrutura material necessária e do quadro de pessoal próprio.
5 - Instaurar um diálogo efetivo, articulado e solidário, com todos os sistemas de ensino (em nível federal, estadual e municipal), em compromisso com a Política Nacional de Educação, em regime de colaboração e de cooperação. Talvez este se constitua no desafio maior para o CNE.
Conselho Nacional de Educação
Fonte: http://portal.mec.gov.br/conselho-nacional-de-educacao/apresentacao 

Pela 1a vez a Política de Educação Especial terá Consulta Pública-Ouça a matéria em áudio...

PARTICIPAÇÃO POPULAR

Pela primeira vez, educação especial terá consulta pública


    • Terça-feira, 06 de novembro de 2018, 18h18


    Pela primeira vez, a atualização da política de educação especial  contará com a participação de pais, alunos, instituições de ensino e pesquisadores da área. A Secretaria de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão (Secadi) do Ministério da Educação abre nesta terça-feira, 6, às 18h, consulta pública para ouvir a população sobre a Política Nacional de Educação Especial.
    De acordo com o secretário de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão, Júlio Freitas, a elaboração do documento da consulta pública contou com a participação de mais de 25 entidades e de especialistas da área. “Agora é a vez de pais, alunos, professores e instituições darem a sua contribuição para que possamos organizar melhor os serviços prestados e dar mais qualidade à educação especial”, afirmou o secretário.
    O documento está disponível na internet de forma acessível até 21 de novembro. As pessoas com deficiência visual podem ler o material com o apoio dos aplicativos de leitura. Para as pessoas surdas, o documento foi todo traduzido na língua brasileira de sinais (libras).
    Atualmente, há mais de 1 milhão de matrículas de estudantes da educação especial nas escolas públicas e privadas da educação básica. Com essa consulta pública, o MEC espera atualizar o documento para adequá-lo à legislação mais recente, melhor organizar os serviços e ampliar o atendimento a esse público. Na nova redação, são contemplados de forma mais objetiva os transtornos do espectro autista, a deficiência intelectual e as altas habilidades e superdotação.
    Durante o processo, será realizada uma audiência pública. Após o encerramento da consulta, o texto consolidado será encaminhado ao CNE.
    Seminário – Na quarta-feira, 7, as comissões de Educação e de Defesa dos Direitos das Pessoas Com Deficiência da Câmara dos Deputados, em Brasília, promovem em conjunto o seminário Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva (PNEEPEI). As discussões servirão para incentivar a participação da população na elaboração do documento e na discussão de pontos que devem constar na nova política.
    Assessoria de Comunicação Social



    segunda-feira, 12 de novembro de 2018

    SEMINÁRIO DE AVALIAÇÃO DA PNEE 2018 NA CÂMARA DOS DEPUTADOS


    07/11/2018 - 10h37

    Seminário vai avaliar os 10 anos da Política Nacional de Educação Especial
    Pict Rider/Fotolia

    ASSISTA AO EVENTO 
    CLIQUE AQUI E ASSISTA AO EVENTO NA INTEGRA 


    Evento vai debater a Política Nacional de Educação Especial na perspectiva da educação inclusiva

    A Comissão de Defesa dos Direitos das Pessoas com Deficiência da Câmara dos Deputados realiza hoje o seminário Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva. No evento, que terá participação da Comissão de Educação da Câmara, haverá debates sobre as perspectivas de especialistas, do governo e da sociedade civil.

    A deputada Mara Gabrilli (PSDB-SP), que propôs o debate, afirma que é preciso avaliar os dez anos de implementação da Política Nacional de Educação Especial. O debate, segundo ela, poderá subsidiar futuras medidas legislativas de atualização dessa política, assim como outras ações eventualmente necessárias.

    “A Política Nacional de Educação Especial de 2008 mudou a visão da educação especial no nosso sistema de ensino, buscando garantir o acesso de todos os alunos ao ensino regular, formando professores para a inclusão e melhorando o acesso físico, transporte e mobiliário”, disse a deputada.

    “O movimento mundial pela educação inclusiva é uma ação social, política, cultural e pedagógica, desencadeada em defesa do direito de todos os estudantes de estarem juntos, aprendendo e participando, sem nenhum tipo de discriminação”, declarou.
    Para a deputada Rejane Dias (PT-PI), que também solicitou o seminário, “é importante que o monitoramento e as consequentes propostas de aperfeiçoamento se pautem por amplo debate e em estudos e pesquisas que se debrucem sobre o processo de implantação da política na última década”.

    O requerimento para realização do evento também foi assinado pelos deputados Angelim (PT-AC), Eduardo Barbosa (PSDB-MG), Pedro Uczai (PT-SC) e Ságuas Moraes (PT-MT).

    Edição – Pierre Triboli
    A reprodução das notícias é autorizada desde que contenha a assinatura 'Agência Câmara Notícias


    PARTICIPANTES CONVIDAD@S


    COMISSÃO DE DEFESA DOS DIREITOS DAS PESSOAS COM DEFICIÊNCIA 55ª Legislatura - 4ª Sessão Legislativa Ordinária
    PAUTA DE SEMINÁRIO CONJUNTO CPD/CE
    LOCAL: Anexo II, Plenário 13
    HORÁRIO: 13 horas

    TEMA: "Política Nacional de Educação Especial na Perspectiva da Educação Inclusiva PNEEPEI".

    MESA DE ABERTURA 

    Dep. MARA GABRILLI , autora dos Requerimentos nº 171 e 195/2018 - CPD;

    Dep. REJANE DIAS , autora dos Requerimentos nº 178/2018 - CPD e nº 467/2018 - CE;

    Dep. EDUARDO BARBOSA , co-autor do Req. nº 171/2018 - CPD;

    JÚLIO CÉSAR MEIRELES DE FREITAS - Secretário de Educação Continuada, Alfabetização, Diversidade e Inclusão - Secadi/MEC - Exposição sobre a "Política Nacional de Educação Especial: equitativa, inclusiva e ao longo da vida".

    1ª MESA DE DEBATES - PERSPECTIVA DE ESPECIALISTAS 
    1. ROSITA EDLER CARVALHO - Professora, Doutora pela Universidade Federal do Rio de Janeiro - UFRJ;

    2. MEIRE CAVALCANTE - Pesquisadora do Laboratório de Estudos e Pesquisas em Ensino e Diferença - Leped, da Faculdade de Educação da Unicamp;

    3. MARIA APARECIDA CAMARANO - Representante do Movimento Interfóruns de Educação Infantil do Brasil - MIEIB;

    4. ERENICE SOARES DE CARVALHO - Pesquisadora e Professora da Universidade Católica de Brasília;

    5. MIGUEL CHACON - Professor Assistente Doutor do Departamento de Educação Especial da Faculdade de Filosofia e Ciências - FFC, da Unesp/Marília;

    6. JOSÉ RAFAEL MIRANDA - Secadi/MEC.

    2ª MESA DE DEBATES - PERSPECTIVAS GOVERNAMENTAIS

    1. SUELY CASTRO MENEZES - Conselheira - Conselho Nacional de Educação - CNE ;

    2. ADRIANA BUYTENDORP - Especialista em Educação Especial da SED/MS;

    3. WALDIR MACIEIRA FILHO - Diretor da Região Norte da Associação Nacional dos Membros do Ministério Público de Defesa dos Direitos dos Idosos com Deficiência - Ampid;

    4. EUGENIA AUGUSTA GONZAGA - Procuradora do Ministério Público Federal - MPF;

    5. ANTONIO MUNIZ DA SILVA - Presidente do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência - Conade;

    6. PATRÍCIA NEVES RAPOSO - Secadi/MEC;

    3ª MESA DE DEBATES - PERSPECTIVAS DA SOCIEDADE CIVIL

    1. MOISES BAUER - Representante do Comitê Brasileiro de Organizações Representativas das Pessoas com Deficiência - CRPD;

    2. JOSÉ TUROZI - Presidente da Federação Nacional das Apaes;

    3. ANDRÉ RIBEIRO REICHERT - Professor da Universidade Federal de Santa Catarina e Diretor de Políticas Educacionais e Linguísticas da Feneis;

    4. RODRIGO HUBNER MENDES - Fundador e Presidente do Instituto Rodrigo Mendes;

    5. LENIR SANTOS - Presidente da Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down e Conselheira do Conselho Nacional de Saúde;

    6. CLAUDIA GRABOIS - Presidente da Comissão da Pessoa com Deficiência do Instituto Brasileiro de Direito de Família - IBDFAM;

    7. IÊDES SOARES BRAGA - Secadi/MEC.


    Mais informações sobre o evento:
    (Fonte: site do Deputado Eduardo Barbosa http://eduardobarbosa.com/institucional/noticias/ver/1194/0 )

    Convidados
    A professora da UFRJ, Rosita Edler de Carvalho, fez uma contextualização histórica das políticas de educação especial já existentes no país e propôs que a cada 10 anos a política seja revista e atualizada. Já a pesquisadora e professora da Universidade Católica de Brasília, Erenice Soares de Carvalho, afirmou que a Consulta Pública é um indutor de participação coletiva. “Formulamos um documento indutor para que todos possam participar. Pela primeira vez a formulação de uma política de educação especial se realiza com o escrutínio da sociedade”, afirmou Erenice, que foi uma das consultoras que colaborou na elaboração do texto da minuta da nova política.
    Miguel Chacon, professor do Departamento de Educação Especial da Unesp/Marília, afirmou que dois pontos primordiais que precisam ser atualizados na política: incluir as pessoas com altas habilidades e superdotação e priorizar as famílias das pessoas com deficiência. “Não são feitos trabalhos com as famílias. As escolas que têm que chamar a família para sua responsabilidade”, afirmou.
    O Presidente do Conselho Nacional dos Direitos da Pessoa com Deficiência (Conade), Antonio Muniz da Silva, disse que o Conselho vai analisar o novo texto e fez um apelo ao MEC para que aguarde um posicionamento formal do Conade. Ele lamentou que o tempo da consulta pública seja tão curto.
    Tanto o Presidente da Federação Nacional das Apaes, José Turozi, quanto o representante do Comitê Brasileiro de Organizações Representativas das Pessoas com Deficiência (CRPD), Moises Bauer, defenderam a atualização da Política Nacional de Educação Especial.
    Patrícia Neves Raposo, da Secadi, afirmou que a proposta foi construída a partir de muitas demandas, ouvindo as pessoas que constituem esse público em um movimento de avanço à legislação vigente. “A nossa perspectiva é avançar na inclusão que defenda a equidade da educação ao longo de toda a vida. Por isso precisamos agregar as contribuições da sociedade e de especialistas para que os estudantes tenham de fato sucesso na trajetória escolar”, explicou.
    Em contraponto à revisão da política, a Procuradora do Ministério Público Federal, Eugenia Augusta Gonzaga, questionou do porque de haver financiamento para escolas especiais e não haver financiamento para as escolas comuns se prepararem para receber esses alunos especiais. 
    Lenir Santos, Presidente da Federação Brasileira das Associações de Síndrome de Down e Conselheira do Conselho Nacional de Saúde, defende a escola inclusiva, pois acredita que a escola regular tem a obrigação de atender o aluno com deficiência. “Se a política não deu certo, temos que ver se o problema é a execução. Não defendemos a escola especial”, afirmou. Já a representante do Laboratório de Estudos e Pesquisa em Ensino e Diferença da Unicamp, Meire Cavalcante, afirmou que o Laboratório foi impedido de participar do processo de elaboração da política. De acordo com a palestrante, tal impedimento se deu tão somente pelo fato do Laboratório não ter sido convidado para compor o grupo da Secadi.
    A Conselheira do Conselho Nacional de Educação, Sueli Castro Menezes, informou que o Conselho Nacional de Educação fará uma audiência pública em conjunto com a Secadi para rever as novas diretrizes de acordo a politica que vai ser trabalhada após a Consulta Pública.
    Consulta
    A Consulta Pública para ouvir a população sobre a Política Nacional de Educação Especial fica aberta até o dia 21 de novembro e qualquer cidadão brasileiro pode participar, opinando sobre o documento e apresentando sugestões. Pessoas com deficiência visual podem ter acesso ao texto com o apoio dos aplicativos de leitura. Para as pessoas surdas, o documento foi todo traduzido na Língua Brasileira de Sinais (Libras).
    Entre as novidades da proposta de atualização está a contemplação de forma mais objetiva os transtornos do espectro autista e a deficiência intelectual, as altas habilidades/superdotação, garantia da Educação Bilíngue, que adota a Língua Brasileira de Sinais como primeira língua e a língua majoritária (Língua Portuguesa) na modalidade escrita, como segunda língua, entre outros. O aprendizado ao longo da vida (Lei nº 13.632, de 6 de março de 2018, que garante o direito à educação e à aprendizagem ao longo da vida; o Projeto de Lei 5374/2016, de autoria do deputado federal Eduardo Barbosa, deu origem à lei sancionada) também aparece como princípio norteador da nova Política.
    As contribuições ao texto deverão ser enviadas e fundamentadas exclusivamente por meio de formulário eletrônico, disponibilizado do site do MEC:
    Clique para ver a integra do documento: http://pnee.mec.gov.br/integra
    Clique para participar da Consulta: http://pnee.mec.gov.br/orientacoes

    MENSAGEM DA IZABEL MAIOR SOBRE CONCEITOS



    Para apresentar a posição teórica de Izabel Maior e seu criticismo e perplexidade quanto à compreensão absurda de uma grupo que se intitula representante das pessoas com deficiência, é necessário conhecer quem é está líder e militante de peso no movimento pelos direitos da pessoa com deficiência no Brasil e no mundo. 



    Izabel Maria (Madeira de) Loureiro Maior (Rio de Janeiro16 de maio de 1954) é professora de medicina na UFRJ, foi a primeira pessoa com deficiência a comandar a Secretaria Nacional de Promoção dos Direitos da Pessoa com Deficiência e é liderança há mais de trinta anos do Movimento das Pessoas com Deficiência[1]. Recebeu da Organização dos Estados Americanos (OEA) prêmio pela sua “contribuição ao desenvolvimento de um continente mais inclusivo”, em 2010.[2] Lançou o livro e filme-documentário História do Movimento Político das Pessoas com Deficiência no Brasil[3], em parceria com a Organização dos Estados Ibero-americanos (OEI).[4]

    Fonte: https://pt.wikipedia.org/wiki/Izabel_Maria_Loureiro_Maior 

    "Estou furiosa mesmo. Desde o dia 7/11 venho ruminando um absoluto desconforto e não é possível deixar passar. Está gravado na TV Câmara e pode ser visto e ouvido por quem quiser atestar a veracidade. Vamos para as frases entreouvidas na audiência pública sobre a PNEE, na Câmara dos Deputados. 

    Com a palavra o representante do Comitê: 

    "Você trata um câncer perto de sua casa ou vai a um local especializado? Vai no especializado. A deficiência também tem que ser na escola especial." 

    Minhas observações de quem assistiu as três boas mesas, com alguns altos e baixos, mas no geral de nível profissional. 

    Esse argumento é a pior justificativa e comparação estapafúrdia que já ouvi e pasmem, vinda de pessoa com deficiência. A começar que voltou ao modelo biomédico da deficiência ou de lá nunca saiu, pois câncer é doença a ser tratada e deficiência não é, deficiência é circunstância social advinda das barreiras atitudinais como essa infeliz e descabida comparação. 

    Em segundo lugar escola especial não trata, não faz inclusão e se tiver as características defendidas pelo representante do Comitê das Organizações não governamentais, por favor, mudem de liderança, mudem tudo, porque desse jeito vocês se aniquilam, perdem espaço, nos prejudicam e não me representam de forma alguma. 

    Querem defender uma proposta (oposta á Convenção e LBI), ao menos apresentem argumentos e se qualifiquem para o debate. 

    Estou perplexa e muito furiosa mesmo. 

    Alguns companheiros e companheiras das federações que foram representadas pela "fala do câncer tratado na escola especial" que me ouçam e, por favor, mudem o seu pensar. Para aquelas pessoas e instituições do Comitê que não pensam como seu porta-voz, minha solidariedade na dor e na provável vergonha"

    Não deixem de opinar a respeito na consulta pública da Política Nacional de Educação Especial, Equitativa, Inclusiva e ao Longo da Vida. Link : pnee.mec.gov.br 

    terça-feira, 6 de novembro de 2018

    CONSULTA PUBLICA-DOCUMENTO DA POLITICA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL: Equidade, Inclusão e Educação ao Longo da Vida

    Hoje, às 18h, a SECADI disponíbilizou (finalmente!) o Documento da Política Nacional de Educação Especial, Equitativa, Inclusiva e ao Longo da Vida para CONSULTA PÚBLICA. Agora é nossa vez de disseminar, compartilhar e contribuir para garantir o máximo possível uma política com maior qualidade e inclusiva em sua essência. organizem-se em grupos, junte sua turma e leia o documento na íntegra com a finalidade de comentar, sugerir, criticar etc., o documento conforme tópicos que constam do formulário para este propósito.



    Você pode acessar meu Vídeo introduzindo e comentando o documento e a importância da participação de um número significativo de tod@s que se comprometem com o direito das pessoa com deficiência e necessidades educacionais à educação.


    Esta semana farei outros vídeos com a finalidade de apoiar o processo de participação! Fique ligad@!

    Windyz