
Para o professor da Fundação Dom Cabral (FDC) e coordenador
do estudo, Carlos Arruda, a postura liberal do governo de Jair Bolsonaro
mostrou que, se por um lado a redução do papel do Estado na economia gerou
eficiência, por outro deixou clara a necessidade de maior atuação na esfera da
educação. “O ponto crítico desta edição é educação, um elemento transformador,
que deve ser tratado como prioritário e não secundário”, disse.
Embora a representatividade dos gastos em educação em relação
ao Produto Interno Bruto, de 6%, seja equiparável a países ricos, os gastos
públicos totais por estudante, de US$ 2.165 por aqui, estão muito abaixo da
média geral, de US$ 6.363, além do que no ensino superior apenas 19,6% da
população brasileira de 25 a 34 anos chega a esse nível de ensino contra a
média mundial de 42,8%.
Competitividade mundial
Por outro lado, o Brasil avançou três posições no tradicional
ranking de competitividade mundial publicado pelo IMD (International Institute
for Management Development), em parceria com a Fundação Dom Cabral (FDC).
No
anuário, a posição do Brasil passou a ser a de 56 entre 63 nações no ranking de
competitividade, mais pela piora de outros concorrentes do que por avanços
estruturais.
As reformas econômicas mostraram resultado e o clima era de
otimismo entre o empresariado antes da pandemia da Covid-19 – a pesquisa inclui
indicadores de opinião, coletados no primeiro trimestre deste ano.
O estudo aponta que esse avanço “é irrisório”, pois mesmo que
retornasse à posição de dez anos atrás (55ª) ainda estaria muito longe do
ideal, permanecendo entre os países menos competitivos do mundo em eficiência
do governo. Singapura segue no topo do ranking nesta edição, seguida por
Dinamarca e Suíça, posições antes ocupadas por Hong Kong e Estados Unidos.
Nenhum comentário:
Postar um comentário